Carta 77 publicada a 3 março 2017

Setembro 2017: Os institutos Ecclesia Dei e o Povo Summorum Pontificum reunidos em Roma

A 19 de Janeiro, o Cœtus Internationalis Summorum Pontificum (CISP) deu uma conferência de imprensa em Paris com o intuito de apresentar as grandes linhas que pautarão as festividades que terão lugar no próximo mês de Setembro, para marcar o décimo aniversário do motu proprio de Bento XVI de 7 de Julho de 2007, a carta apostólica Summorum Pontificum, que entrou em vigor a 14 de Setembro de 2007.

O traço característico principal deste aniversário será o seu carácter oficial: Mons. Guido Pozzo, secretário da Pontifícia Comissão Ecclesia Dei, escreveu a todos os superiores dos institutos Ecclesia Dei, tanto masculinos como femininos, convidando-os à participação.

Depois da conferência de imprensa, já ficou confirmado o colóquio de 14 de Setembro de 2017 dedicado aos dez anos do motu proprio, a ter lugar na Universidade Pontifícia “Angelicum”, durante o qual Mons. Pozzo, junto com outros intervenientes cujos nomes serão divulgados ao longo dos próximos meses, fará um balanço destes dez anos de renovação da liturgia tradicional no seio da Igreja. A sexta peregrinação do povo Summorum Pontificum, com uma presença reforçada dos institutos Ecclesia Dei, seguirá no encadeamento deste colóquio moderado pelo sacerdote dominicano Pe. Vincenzo Nuara, da Comissão Ecclesia Dei, e organizado pelas associações “Amicizia Sacerdotale Summorum Pontificum” e “Giovani e Tradizione”.




Como já é habitual, o tempo forte desta peregrinação será a procissão solene pelas ruas de Roma e a Missa Pontifical celebrada na basílica de São Pedro, às 11 horas do sábado 16 de Setembro de 2017. Os serviços da basílica, com autorização do Cardeal Comastri, seu arcipreste, acolheram favoravelmente o pedido do CISP de antecipar a hora da celebração – que, normalmente, era ao meio‑dia – a fim de se poder conter os efeitos do sol de Setembro sobre clérigos e peregrinos durante a procissão. O nome do Cardeal que aí celebrará, no altar da Cátedra, será anunciado a 7 de Julho de 2017.

Em agradecimento a Bento XVI, o maestro Aurelio Porfiri, discípulo do Cardeal Bartolucci (que foi por longo tempo director do coro da capela Sistina), dirigirá uma Missa especialmente composta para a ocasião. Esta audaciosa iniciativa tem por ambição mostrar que a antiga liturgia romana está mais viva do que nunca, e pode sempre oferecer novos tesouros artísticos e espirituais à Igreja universal.

Por fim, as Missas de sexta-feira 15 de Setembro de 2017 e de domingo 17 de Setembro de 2017, serão celebradas respectivamente pelos superiores do Instituto de Cristo-Rei Sumo Sacerdote (ICRSP) e da Fraternidade Sacerdotal de São Pedro (FSSP), com o duplo objectivo de marcar a continuidade entre os motu proprio Ecclesia Dei de 1988 e Summorum Pontificum de 2007, e de prestar homenagem ao papel essencial desempenhado por estes dois institutos – na senda da acção desenvolvida desde 1970 por Mons. Lefebvre – no sentido da preservação e transmissão do missal tridentino segundo a sua última edição de São João XXIII, até que o mesmo foi restituído a toda a Igreja por Bento XVI.

AS REFLEXOES DA “PAIX LITURGIQUE”

1) A participação a título oficial da FSSP e do ICRSP neste décimo aniversário, como também do Instituto do Bom Pastor em 2016, é uma cosa justa e muito positiva. A peregrinação do povo Summorum Pontificum a Roma foi-se impondo suavemente desde 2012, apoiando-se em sacerdotes e fiéis que foram descobrindo a liturgia tradicional graças ao gesto de paz, de reconciliação e de justiça do Papa Bento XVI. Todavia, hoje, e por ocasião deste décimo aniversário, é importante lembrar que foi graças à fidelidade de todos os que – sacerdotes e leigos – conservaram a celebração da Missa tradicional entre 1970 e 2007 que ela veio a conseguir direito de cidadania no seio da Igreja em 2007 – e nomeadamente a multidão dos sacerdotes, sem excepção, que passaram pelos seminários tradicionais.

2) O colóquio da quinta-feira 14 de Setembro de 2017 dá continuidade aos anteriores, que se organizaram em Roma em 2008, 2009, 2011 e 2015. Lembremos brevemente os tempos fortes dos colóquios precedentes:
- em Setembro de 2008, o Pe. Nicola Bux comentava o objectivo do Papa Bento XVI, lembrando com vigor aos bispos franceses que “ninguém está a mais na Igreja”, enquanto convidava todos os católicos, “começando pelos sacerdotes e pelos bispos”, a uma reflexão verdadeira “sobre o conceito de comunhão”;
- em 2009, foi a vez da apresentação dos resultados da sondagem Doxa encomendada pela “Paix Liturgique” e “Messa in latino”, relativa à recepção encontrada pelo motu proprio em Itália, mostrando nomeadamente que 71% dos católicos italianos teriam achado normal a coabitação das duas formas litúrgicas no interior das respectivas paróquias; no curso deste colóquio, foi o então Mons. Burke, hoje cardeal, quem celebrou a primeira Missa Pontifical tradicional na basílica de São Pedro desde os tempos da reforma litúrgica;
- em 2011, o colóquio era realizado pela primeira vez no “Angelicum”; Mons. Pozzo apresentou aí, diante de uma assembleia repleta, a instrução Universae Ecclesiae sobre a aplicação do motu proprio; e o Cardeal Brandmüller celebrou na basílica de São Pedro, desta vez já no altar da Cátedra;
- em 2015, foi o prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé em pessoa, o Cardeal Müller, quem presidiu os trabalhos no “Angelicum”, confirmando assim o carácter indubiamente oficial do congresso.

3) Quanto à peregrinação, lembremos que, cada ano, a procissão pelas ruas de Roma, culmina numa Missa no altar da Cátedra, na basílica de São Pedro, celebrada, em 2012, pelo Cardeal Cañizares, então prefeito da Congregação para o Culto Divino; em 2013, pelo Cardeal Castrillón Hoyos, antigo prefeito da Congregação para o Clero e Presidente da Comissão Ecclesia Dei; em 2014, pelo Cardeal Burke, então prefeito do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica; em 2015, por Mons. Laise, tendo a homília sido pregada por Mons. Negri, arcebispo de Ferrara; em 2016, por Mons. Sample, arcebispo de Portland no Oregon, com a homilia a ser proferida pelo Cardeal Levada, antigo prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.

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