Carta 88 publicada a 2 abril 2018

A MISSA DE PAULO VI: UM SACRIFÍCIO ESBATIDO

Depois de uma carta dedicada à análise do missal novo de um ponto de vista cerimonial, dedicámos uma primeira carta – intitulada “Uma hemorragia do sagrado” – ao conteúdo deste mesmo missal promulgado a 3 de Abril de 1969. Vamos agora completá-la com algumas reflexões sobre a mais grave das suas deficiências do ponto de vista doutrinal e espiritual: a fraca expressão da missa como sacrifício propiciatório.


O contexto da “re-avaliação” do sacrifício da missa

O Concílio de Trento, dando resposta aos erros protestantes, afirmou a perfeição do único sacrifício da Cruz, do qual deriva unicamente toda a redenção. Afirmou ainda que Cristo, na Última Ceia, deixou à sua Igreja um sacrifício visível, «sacrifício verdadeiro e autêntico» (Dz 1751), realizado pelos sacerdotes, que participam do seu sacerdócio, e no qual se representaria de maneira incruenta o sacrifício do Gólgota, de modo que a força salutar deste último pudesse operar a redenção dos pecados até ao fim dos tempos (Dz 1740).

A teologia pós-tridentina empenhou-se afincadamente ao longo de quatro séculos para definir qual seja a essência deste sacrifício da missa. Sobre este ponto, Pio XII, na encíclica Mediator Dei (20 de Novembro de 1947), seguindo de perto o ensinamento de São Tomás (1), precisou: «O augusto sacrifício do altar não é, pois, uma pura e simples comemoração da paixão e morte de Jesus Cristo, mas é um verdadeiro e próprio sacrifício, no qual, imolando-se incruentamente, o sumo Sacerdote faz aquilo que fez uma vez sobre a cruz, oferecendo-se todo ao Pai, vítima agradabilíssima […] a divina sabedoria encontrou o modo admirável de tornar manifesto o sacrifício de nosso Redentor com sinais exteriores que são símbolos de morte. Já que, por meio da transubstanciação do pão no corpo e do vinho no sangue de Cristo, têm-se realmente presentes o seu corpo e o seu sangue».

No final dos anos sessenta, a noção de “sacrifício pelos pecados” e de “satisfação vicária” (Cristo que toma sobre si os pecados dos homens, para oferecer reparação por eles no lugar dos homens) sofreu críticas frontais. Eram então correntes acusações na esteira daquela de Hans Küng, que à época não era visto como um extremista: «A teologia da Contra-Reforma foi acometida, no que toca à doutrina eucarística, por várias parcialidades que dão lugar a reflectir: abandono do aspecto de memorial, sobre o qual se insistia muito na Idade Média, e o mesmo vale para o aspecto relativo à comunhão, assistindo-se, em contraponto, a uma insistência redobrada quanto ao aspecto do sacrifício» (Le Concile, épreuve de l’Église, Seuil, 1962).

Difundiu-se em larga escala um certo incómodo ou embaraço em afirmar o carácter de acto propriamente sacrificial da missa. Para certos teólogos, a missa, em lugar de ser um sacrifício verdadeiro e autêntico, era sim um sacrifício de oblação por parte da Igreja, que captava o sacrifício de oblação-imolação de Cristo no Calvário sempre presente aos olhos de Deus, mas sem uma repetição sacrificial propriamente dita sob um modo sacramental. Assim, por exemplo, em Faites ceci en mémoir de moi (Cerf, 1962; “Fazei isto em memória de mim”), Dom Casel († 1948) considerava que o único acto de sacrifício do Calvário se tornava «mistericamente» presente na missa, pelo que a missa não seria ela própria um acto sacrificial em si mesma. Os defensores, muito diferentes entre si, desta nova perspectiva teológica resumiam-na assim: "A missa não é um sacrifício, ela é O sacrifício". Muito característico era o pensamento de Jacques Maritain, elaborado em diálogo com Charles Journet. Segundo tal pensamento, a transubstanciação era acompanhada por uma espécie de “presença real” do sacrifício da cruz (2).

No contexto ecuménico da composição do Novus Ordo Missae, conquanto não se negasse a referência sacrificial da missa, sentia-se no entanto o embaraço de afirmar que a missa é um sacrifício. Aliás, encontraremos esta mesma opção teológica, que entretanto se tornou comum no ensino teológico, nas explicações doutrinais que foram acompanhando a reforma litúrgica desde Paulo VI, explicações não exactamente falsas, mas débeis: «Quando a Igreja celebra a Eucaristia, faz memória da Páscoa de Cristo, e esta torna-se presente: o sacrifício que Cristo ofereceu na Cruz uma vez por todas, continua sempre actual» (Catecismo da Igreja Católica, 1364, e ainda 1362, 1366); «A Eucaristia é assim na Igreja a instituição sacramental que, a cada etapa, "substitui" o [«serve de “ligação/conexão” ao» – segundo as versões italiana e francesa; «serve de “paragem/poiso” para o» - segundo a versão espanhola] Sacrifício da Cruz, lhe oferece uma presença ao mesmo tempo real e activa [«operante» - nas demais versões]» (Mensagem de João Paulo II ao Congresso Eucarístico Internacional de Lourdes, 21 de Julho de 1981).

 

A atenuação sacrificial do Ordo Novo

Por exemplo, no momento mais solene, aquela atenção que a liturgia da missa até então havia posto, em primeiro lugar, sobre o sacrifício da Sexta-Feira Santa (o sangue derramado por nós), o novo missal desviou-a na direcção do mistério pascal no seu todo, entendido este como morte e ressurreição (3). Deste modo, o mysterium fidei, que antes estava inserido no interior da consagração do Preciosíssimo Sangue, como explicitação da consagração do cálice que finaliza o sacrifício eucarístico – o mistério da fé celebrado hic et nunc, enquanto é ele o Sangue derramado em remissão dos pecados (4) – foi transferido para depois da consagração, como introdução às aclamações que se lhe seguem. Assim, e desde logo, passa a assumir uma significação mais larga: já não é somente o mistério da eucaristia, sacrifício e sacramento, mas o que vem identificar agora é o mistério da morte, da ressurreição e da parusia: «Mistério da Fé. Anunciamos, Senhor, a vossa morte; proclamamos a vossa ressurreição; vinde Senhor Jesus!»

Já não é obrigatório colocar a cruz ao centro do altar para que possa dominar sobre a celebração do sacrifício, mas passa a poder estar «junto dele» (Instrução Geral do Missal Romano, 270/308). Apenas se conservou um único sinal da cruz sobre as oferendas não consagradas, em vez dos vinte e oito sinais da cruz do antigo Ordo, de bênção ou designativos, feitos pelo sacerdote sobre as oferendas antes e depois da consagração, ou feitos com a hóstia e o cálice (Per ipsum, commixtio, comunhão).

A breve Prex Eucharistica II, versão adaptada da Tradição Apostólica de Sto. Hipólito, tal como foi reconstituída por Gregory Dix e Dom Botte, de uma forma que é hoje muito discutida, reflecte uma expressão teológica arcaizante que não chega a exprimir o sacrifício do pão e do vinho consagrados senão de maneira muito implícita («que participando no Corpo e Sangue de Cristo, sejamos reunidos pelo Espírito Santo num só corpo»).

Numerosas orações com tonalidade de perdão dos pecados foram evacuadas: as da subida ao altar, como já se disse; as orações do ofertório, às quais voltaremos; e as duas orações de pedido de purificação da alma e de temor do julgamento, que antecedem a comunhão, foram reduzidas a uma, à escolha.

A última oração do sacerdote antes de dar a bênção (Placeat tibi Sancta Trinitas), muito significativa do sacrifício que acabou de se realizar, foi suprimida: «Seja-vos agradável, ó Trindade santa, a oferta de minha servidão, a fim de que este sacrifício que, embora indigno aos olhos de vossa Majestade, vos ofereci, seja aceito por Vós, e por vossa misericórdia, seja propiciatório para mim e para todos aqueles por quem ofereci.»

O cânone romano, sobremaneira explícito na expressão do sacrifício com as suas repetições de termos como “sacrifício”, no singular e plural, “oferendas”, “nós oferecemos”, “oblação”, agora mais não é do que uma entre outras orações eucarísticas possíveis e alternativas, sendo além disso pouco utilizado pelos celebrantes, receosos de se verem rotulados e taxados de “integrismo”. De resto, até as palavras «sanctum sacrificium, immaculatam hostiam», «sacrifício santo, hóstia imaculada», acrescentadas por São Leão Magno à oração Supra quae propitio, do antigo cânone romano, foram traduzidas em português por «oblação pura e santa».

Todavia, a maior atenuação sacrificial resulta da supressão do ofertório tradicional, substituído por uma “preparação dos dons”. Ora, este termo “ofertório” sempre havia sido entendido no seu sentido forte de sacrifício. Aliás, o próprio cânone se apresenta como um “ofertório”, isto é, como uma “oblação sacrificial” ao Pai pelo Filho. Nesse todo constituído pela acção eucarística, as liturgias latinas e orientais – e estas últimas, de modo muito insistente – sempre saudaram as oblatas trazidas ao santuário e descobertas sobre o altar como estando a ser consagradas e oferecidas de maneira sacrificial por antecipação.

Foi de modo muito natural que, entre os séculos VII e XI, se fixaram na liturgia romana – como nas demais liturgias latinas e orientais – estas orações de oferecimento sacrificial das oblatas a consagrar: «Recebei, Pai Santo, esta hóstia imaculada que eu […] vos ofereço […] por meus inumeráveis pecados, ofensas e negligências»; «nós vos oferecemos, Senhor, o cálice da salvação»; «recebei, ó Trindade Santíssima, esta oblação, que vos oferecemos em memória da Paixão, Ressurreição e Ascensão»; «em espírito e humildade e com coração contrito, sejamos por Vós acolhidos, Senhor. E assim se faça hoje este nosso sacrifício […] de modo que vos seja agradável»; «orai, irmãos, para que este sacrifício, que também é vosso, seja aceite e agradável a Deus Pai Omnipotente».

O desejo de um retorno a um ritual antigo tal como era imaginado – o simples levar dos dons em procissão – em conjunção com a intenção de procurar uma elaboração criativa de procissões de transporte dos «frutos da terra e do trabalho», conduziu à supressão da pretensa “duplicação” que seria constituída pelo ofertório romano.  

Deve-se, no entanto, a Paulo VI a reintrodução da palavra offerimus na apresentação do pão e na do vinho, como ainda da oração Orate fratres e do responso Suscipiat, de que ele muito gostava, e que alguma tradução irradiou, como veremos.

Os peritos fabricaram eulogias sobre o modelo da berakha hebraica para as bênçãos da primeira taça e da fracção do pão que ocorriam ao longo das refeições cerimoniais (assim: «Bendito sejais, Eterno Deus nosso, Rei do universo,  que criastes o fruto da vinha»). De facto, hoje, esta particular inspiração provoca algum embaraço, já que aquelas teses que supunham ingenuamente que a oração hebraica permanecera inalterada por oito a nove séculos foram seriamente abaladas. É até possível que certas apologias ou outras orações do ofertório tradicional sejam, pelo menos, tão antigas como aquelas bênçãos hebraicas.

O que é facto é que os sábios peritos da Consilium eliminaram o ofertório romano e todo o aspecto de explicitação do sacrifício fruto da tradição litúrgica que ele representava. No final, a “preparação dos dons” que veio substitui-lo aparece assim traduzida no missal português:

- Quando o sacerdote eleva a patena: « Bendito sejais, Senhor, Deus do universo, pelo pão que recebemos da vossa bondade, fruto da terra e do trabalho do homem, que hoje Vos apresentamos e que para nós se vai tornar Pão da vida» (em lugar de, no missal tridentino: «Recebei, Pai santo, onipotente e eterno Deus, esta hóstia imaculada, que eu vosso indigno servo, vos ofereço, ó meu Deus, vivo e verdadeiro, por meus inumeráveis pecados, ofensas, e negligências, por todos os que circundam este altar, e por todos os fiéis vivos e mortos, a fim de que, a mim e a eles, este sacrifício aproveite para a salvação na vida eterna»);

- Ao deitar um pouco de água no cálice: «Pelo mistério desta água e deste vinho sejamos participantes da divindade d’Aquele que assumiu a nossa humanidade» (em vez da oração do sacramentário leoniano, que, no missal tridentino, se inclui neste lugar: «Ó Deus,  que maravilhosamente criastes em sua dignidade a natureza humana e mais prodigiosamente ainda a restaurastes, concedei-nos, que pelo mistério desta água e deste vinho, sermos participantes da divindade daquele que se dignou revestir-se de nossa humanidade, Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor Nosso […]»);

- Quando eleva o cálice: «Bendito sejais, Senhor, Deus do universo, pelo vinho que recebemos da vossa bondade, fruto da videira e do trabalho do homem, que hoje Vos apresentamos e que para nós se vai tornar Vinho da salvação»; e na versão francesa: «nous te le présentons : il deviendra le vin du Royaume éternel» (em vez de: «Nós vos oferecemos Senhor, o cálice da salvação, suplicando a vossa clemência. Que ele suba qual suave incenso à presença de vossa divina majestade, para salvação nossa e de todo o mundo»).

- Depois, inclinado: «De coração humilhado e contrito sejamos recebidos por Vós, Senhor. Assim o nosso sacrifício seja agradável a vossos olhos»; e na versão francesa: «Humbles et pauvres, nous te supplions, Seigneur, accueille-nous : que notre sacrifice, en ce jour, trouve grâce devant toi»  (em lugar da totalidade da antiga oração nos seus pormenores significativos, que contudo se conserva no missal latino novo: «Em espírito de humildade e coração contrito, sejamos por vós acolhidos, Senhor. E assim se faça hoje este nosso sacrifício em vossa presença, de modo que vos seja agradável, ó Senhor Nosso Deus»).

- «Depois, eventualmente, incensa as oblatas e o altar. A seguir, o diácono ou o ministro incensa o sacerdote e o povo»;

- Enquanto lava as mãos: «Lavai-me, Senhor, da minha iniquidade e purificai-me do meu pecado» (em vez de: « Lavo as minhas mãos entre os inocentes, e me aproximo do vosso altar, ó Senhor, para ouvir o cântico dos vossos louvores, e proclamar todas as vossas maravilhas. Eu amo, Senhor, a beleza da vossa casa, e o lugar onde reside a vossa glória. Não me deixeis, ó Deus, perder a minha alma com os ímpios, nem a minha vida com os sanguinários. Em suas mãos se encontram iniquidades, sua direita está cheia de dádivas. Eu porém, tenho andado na inocência. Livrai-me, pois, e tende piedade de mim. Meus pés estão firmes no caminho reto. Eu te bendigo, Senhor, nas assembleias dos justos. Glória ao Pai […]»);

- Por fim: «Orai, irmãos, para que o meu e vosso sacrifício seja aceite por Deus Pai todo-poderoso», com a resposta do povo: «Receba o Senhor por tuas mãos este sacrifício, para glória do seu nome, para nosso bem e de toda a santa Igreja», resposta conservada na edição típica latina do novo missal, e presente na tradução portuguesa, mas o mesmo não se pode dizer de todas as traduções. Assim, na tradução francesa tal antigo diálogo desapareceu, a resposta do povo limitando-se agora a: «Pour la gloire de Dieu et le salut du monde».

Torna-se claro que as expressões de oferta sacrificial (da «hóstia imaculada», pelos pecados do sacerdote e pela salvação de «todos os fiéis vivos e mortos», do «cálice salutar» em perfume agradável diante da majestade divina, para a salvação do mundo inteiro) foram seriamente aplainados.

 

Um deslizamento no sentido do “fazer simplesmente memória”

Cada um dos elementos examinados ao longo desta carta, e nas que a precederam, poderá parecer ter apenas uma importância relativa, quando considerado em si mesmo. Mas a soma deles é de grande consequência: o abandono de um ritual estritamente vinculante, a multiplicação das opções, a celebração, as mais das vezes, face ao povo, o uso geral das línguas comuns, a ampla liberdade nas admonições e comentários, o estilo palavroso crescente (quase sempre em voz alta) em detrimento do segredo ritual e sagrado, o enfraquecimento da reverência relativamente à eucaristia, a expressão mais débil do sacerdócio hierárquico e, sobretudo, da realidade do sacrifício sacramental, a par da adopção dum certo número de gestos e usos próprios da vida ordinária, tudo conduzindo a que se deslize de um "fazer memória" para um "fazer simplesmente memória". Ainda assim, não pomos em causa a validade desta missa nova, conquanto se deva dizer que, em virtude do facto de a estrutura do rito e das orações ser muito mais lassa do que no antigo Ordo, a questão da validade pode legitimamente pôr-se a respeito daquelas celebrações fantasistas ou blasfemas que alguns sacerdotes crêem poder permitir-se aproveitando dessa estrutura normativa pouco vinculante.

Todavia, não são apenas os sacerdotes “progressistas” que improvisam com o ritual “mole” do Novus Ordo Missae. Os sacerdotes “clássicos” também o fazem, ainda que em sentido inverso (genuflexões intermináveis, insistentes comentários marginais: «Agora, o sacerdote vai consagrar o pão e o vinho, que verdadeiramente se tornarão o Corpo do Senhor», etc.). Podemos mesmo dizer que a acentuação da “presença” do celebrante, que é uma característica da missa nova, é como que obrigatória para compensar as carências intrínsecas desta missa. Para que não suceda que a celebração penda no sentido do simples memorial, os celebrantes pios do Ordo novo fazem de maneira a manifestar a sua própria fé e a sua piedade pessoal, como meio paliativo para atenuar ou disfarçar as deficiências deste Ordo. Menos o rito fala de presença real e sacrifício, mais o sacerdote se acha no dever de manifestar que ele crê neles, para promover a fé dos que assistem. No entanto, isto vem abalar o princípio fundamental de objectividade próprio dos sacramentos, que produzem a graça, não em primeiro lugar em virtude do que crê pessoalmente o celebrante, mas por aquilo que ele publicamente faz em nome da Igreja.

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(1) Aquando do sacrifício da missa, a morte salvadora de Cristo é reproduzida sacramentalmente sob o signo das espécies consagradas separadas em Corpo e Sangue, que simbolizam a separação violenta da Cruz (Suma teológica, q. 77, a. 7; Suma contra os gentios, l. 4, c. 61).

(2) Ver Philippe-Marie MARGELIDON, OP, “La théologie du sacrifice eucharistique chez Jacques Maritain”, Revue Thomiste, Jan.-Março/2015, p. 101-147.

(3) De notar que a expressão pode também significar a morte do Senhor. Por exemplo, na oração da Sexta-Feira Santa: «[…] o Cristo, vosso Filho, pelo seu sangue derramado, instituiu o mistério pascal» («[…] per suum cruorem, instituit paschale mysterium»).

(4) «Este é o cálice do meu sangue, do sangue da nova e eterna aliança, mistério da fé, o qual será derramado por vós e por muitos, para a remissão dos pecados».